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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Campus Flutuante da UFPA vai ao Médio Amazonas

Os preparativos para a realização do XV Encontro Internacional IFNOPAP e do V Encontro do Campus Flutuante da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão em ritmo acelerado. Não é para menos. Entre os dias 13 e 22 de outubro, o Programa Campus Flutuante/IFNOPAP pretende movimentar um público de mais de cinco mil pessoas e reunir pesquisadores de várias partes do Brasil e do mundo para debater cultura e biodiversidade. A programação está sendo planejada para ocorrer em dois espaços. A bordo de um navio Catamarã que cruzará os rios das mesorregiões Metropolitana de Belém e do Médio Amazonas. E em terra, perto das comunidades ribeirinhas dos municípios de Belém, Santarém, Óbidos e Monte Alegre.



O encontro deste ano voltará ao Baixo Amazonas mais de uma década depois, com a mesma proposta que ao longo deste período tem conduzido as ações do IFNOPAP: levar as atividades de ensino, pesquisa e extensão para perto da comunidade e fazer com que pesquisadores, professores e estudantes interajam com o povo amazônida.


Coordenadora do programa, a professora Socorro Simões explica que o IFNOPAP nasceu como um projeto vinculado ao, então, Centro de Letras e Artes, em 1993, com o objetivo de preservar a cultura paraense, por meio do registro oral do imaginário amazônico. Desde então, resultou em várias publicações, entre as quais a série Pará Conta. Promoveu mais de dez encontros acadêmico-científicos e ações nas áreas de pesquisa, ensino e extensão.


Desde 2004, o IFNOPAP abraçou uma proposta ainda maior que é a criação do primeiro campus flutuante que se tem notícia na história das universidades brasileiras. “O encontro deste ano de 2011 também tem esta missão de colocar na ordem do dia a implantação e importância de consolidar o campus flutuante para incentivar o desenvolvimento da Amazônia”, ressalta a professora.


O projeto de criação do Campus flutuante já foi aprovado em todas as esferas da UFPA e junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Atualmente, a bancada do Pará, em Brasília, empenha-se para garantir os recursos necessários para a efetivação do mais novo campus da UFPA. Segundo Socorro Simões, o princípio do campus flutuante será o mesmo que nos últimos 15 anos movimenta os encontros do IFNOPAP. “A Universidade que se torna embarcada para chegar cada vez mais perto das comunidades ribeirinhas levando ensino, pesquisa e serviços”.


A partir do compromisso de pensar questões relativas à Amazônia, Socorro Simões detalha que o encontro deste ano, além de ser um marco na consolidação do campus flutuante, também tem como meta reunir representantes da comunidade científica sintonizada tanto com a reflexão de caráter científico e conceitual, quanto com as questões mais empíricas de interesse das comunidades. “Vamos tratar desde questões relacionadas aos processos biofísicos e biogeoquímicos de ecossistemas do Médio Amazonas até as interações entre o homem e o ambiente, a destruição de manguezais, desmatamento e queimadas, o impacto da extração madeireira; redução da biodiversidade, além de impactos da caça, da pesca predatória e de atividades agrícolas e pecuárias”, comenta.
Texto: Ana Cláudia Melo

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