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quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Projeto

segunda-feira, 9 de maio de 2011

15 anos IFNOPAP/Campus Flutuante


Confira aqui depoimentos de professores que contribuíram (a ainda contribuem) para manter viva a memória do projeto O Imaginário das Formas Narrativas Orais Populares de Amazônia Paraense - IFNOPAP/Campus Flutante.



O 1º depoimento é do professor Antonio Dimas, colaborador e Ifnopapiano de carteirinha.


IFNOPAP, um item indispensável
(USP)

Participar do IFNOPAP deveria ser marca obrigatória de nossa escolha acadêmica. Porque é exercício concreto e nem um pouco retórico de multidisciplinaridade e de alteridade.

Nenhum desses dois itens acima - tão decantados e tão incensados nos corredores de nossas universidades, cada vez mais afeitas à teorização e à prática do ensino à distância - se faz tão imediato e tão real quando se dá o convívio simultâneo com colegas de outras áreas e com as populações ribeirinhas, carentes por desmazelo histórico. Em momentos como os que o IFNOPAP nos abre, não há como negar a necessidade recíproca.

Para os tabaréus abandonados, nosso conhecimento se converte em prática utilitária, sem contorcionismos teóricos, nem elucubrações conceituais. Para nós, o assustador mergulho na realidade sem mediação empurra-nos para a revisão, sem "pit stop", de nossas idealizações intelectuais, sejam para o alto ou para o baixo.

Uma experiência como esta do IFNOPAP, mesmo que eventual, é vacina na veia contra nossa insistente "mania de arranhar o litoral", de que já nos prevenira, séculos atrás, um franciscano de bom aviso.

Campus Flutuante da UFPA vai ao Médio Amazonas

Os preparativos para a realização do XV Encontro Internacional IFNOPAP e do V Encontro do Campus Flutuante da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão em ritmo acelerado. Não é para menos. Entre os dias 13 e 22 de outubro, o Programa Campus Flutuante/IFNOPAP pretende movimentar um público de mais de cinco mil pessoas e reunir pesquisadores de várias partes do Brasil e do mundo para debater cultura e biodiversidade. A programação está sendo planejada para ocorrer em dois espaços. A bordo de um navio Catamarã que cruzará os rios das mesorregiões Metropolitana de Belém e do Médio Amazonas. E em terra, perto das comunidades ribeirinhas dos municípios de Belém, Santarém, Óbidos e Monte Alegre.


O encontro deste ano voltará ao Baixo Amazonas mais de uma década depois, com a mesma proposta que ao longo deste período tem conduzido as ações do IFNOPAP: levar as atividades de ensino, pesquisa e extensão para perto da comunidade e fazer com que pesquisadores, professores e estudantes interajam com o povo amazônida.


Coordenadora do programa, a professora Socorro Simões explica que o IFNOPAP nasceu como um projeto vinculado ao, então, Centro de Letras e Artes, em 1993, com o objetivo de preservar a cultura paraense, por meio do registro oral do imaginário amazônico. Desde então, resultou em várias publicações, entre as quais a série Pará Conta. Promoveu mais de dez encontros acadêmico-científicos e ações nas áreas de pesquisa, ensino e extensão.


Desde 2004, o IFNOPAP abraçou uma proposta ainda maior que é a criação do primeiro campus flutuante que se tem notícia na história das universidades brasileiras. “O encontro deste ano de 2011 também tem esta missão de colocar na ordem do dia a implantação e importância de consolidar o campus flutuante para incentivar o desenvolvimento da Amazônia”, ressalta a professora.


O projeto de criação do Campus flutuante já foi aprovado em todas as esferas da UFPA e junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Atualmente, a bancada do Pará, em Brasília, empenha-se para garantir os recursos necessários para a efetivação do mais novo campus da UFPA. Segundo Socorro Simões, o princípio do campus flutuante será o mesmo que nos últimos 15 anos movimenta os encontros do IFNOPAP. “A Universidade que se torna embarcada para chegar cada vez mais perto das comunidades ribeirinhas levando ensino, pesquisa e serviços”.


A partir do compromisso de pensar questões relativas à Amazônia, Socorro Simões detalha que o encontro deste ano, além de ser um marco na consolidação do campus flutuante, também tem como meta reunir representantes da comunidade científica sintonizada tanto com a reflexão de caráter científico e conceitual, quanto com as questões mais empíricas de interesse das comunidades. “Vamos tratar desde questões relacionadas aos processos biofísicos e biogeoquímicos de ecossistemas do Médio Amazonas até as interações entre o homem e o ambiente, a destruição de manguezais, desmatamento e queimadas, o impacto da extração madeireira; redução da biodiversidade, além de impactos da caça, da pesca predatória e de atividades agrícolas e pecuárias”, comenta.
Texto: Ana Cláudia Melo

 
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